domingo, 8 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO, ESCOLA E PÓS-MODERNIDADE

Retornando à escola - que teria, até meados do século XX, a bem definida função de educar, de alterar comportamentos, de formar gerações competentes para as mais diversas profissões - dentro da pós-modernidade, ela perde, em grande parte, a possibilidade de realizar tais encargos com sucesso. Submersa nessa cultura do individualismo exacerbado, com todas as suas variantes e/ou derivações, a escola pouco dispõe de armas para redirecionar ou redimensionar os processos educativos. Isso porque mudar o homem implicaria em contestar e/ou alterar características culturais. Como alterar essas características que, ao invés de responder por uma humanização,estariam a destruir o indivíduo quando permitem a ele mesmo pensar-se como único, absoluto, soberano de si mesmo? Como superar essa cultura quando sua premissa está exatamente na defesa do direito individual?

Como pensar, pois, uma relação educativa entre homens, ou para homens, desprovidos do sentimento de polis, de comunidade? Como pensar o respeito por quem ensina quando já houve uma renúncia do reconhecimento, do valor do outro? Como pensar o ato de ensinar quando o de aprender com o outro não faz sentido para aquele que se orienta apenas por sua própria interioridade? Como repassar saberes próprios de cada profissão, saberes objetivos, quando as demandas discentes são para a satisfação imediata de suas exigências subjetivas? Como sensibilizar filhos e/ou alunos para construir uma existência fora dele mesmo, comum, pelo trabalho?

Trecho do artigo A EDUCAÇÃO DOS ALUNOS (OU FILHOS) DA PÓS-MODERNIDADE escrito por Lizia Helena Nagel e que deveria ser lido (na minha opinião) pelos pais e educadores em geral.




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