quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PONTUAÇÃO


Que tal aproveitar um texto que anda circulando pela internet para realizar, em sala de aula, uma vivência lúdica e divertida sobre a importância da correta pontuação em um texto? Esta é mais uma proposta pedagógica para enriquecer as atividades do professor de Produção Textual.

Desenvolvimento:
1. Dividir a sala em quatro subgrupos (ou múltiplos de quatro, para salas maiores).

2. Entregar papel e caneta. No papel, para criar um certo “clima”, o professor pode desenhar uma moldura bem bonita, contendo dentro dela a palavra “Testamento” e o texto que será trabalhado.

3. Contar a história que dará origem ao exercício:

O Mistério da Herança

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma imensa fortuna, ainda não se dispusera a fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, dessa necessidade. Pediu, então, papel e caneta e no afã de solucionar a questão, redigiu apressadamente o documento, porém, não teve tempo de pontuá-lo, pois faleceu antes disso. A redação final ficou assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.'


A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes. O objetivo deste exercício é que cada um dos grupos traga a fortuna para o seu lado, ou seja, cada um dos grupos agirá como se fosse o advogado do herdeiro ou favorecido que representa. O grupo 1 representará o sobrinho. O grupo 2 representará a irmã. O grupo 3 representará os interesses do padeiro e, finalmente, o grupo 4 representará os interesses dos pobres.

Ao final do exercício, o professor divulgará como deveria ficar cada um dos textos.

Resposta:

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito :
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais ! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

FONTE: BLOG SIMPLESMENTE PORTUGUÊS

domingo, 8 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO, ESCOLA E PÓS-MODERNIDADE

Retornando à escola - que teria, até meados do século XX, a bem definida função de educar, de alterar comportamentos, de formar gerações competentes para as mais diversas profissões - dentro da pós-modernidade, ela perde, em grande parte, a possibilidade de realizar tais encargos com sucesso. Submersa nessa cultura do individualismo exacerbado, com todas as suas variantes e/ou derivações, a escola pouco dispõe de armas para redirecionar ou redimensionar os processos educativos. Isso porque mudar o homem implicaria em contestar e/ou alterar características culturais. Como alterar essas características que, ao invés de responder por uma humanização,estariam a destruir o indivíduo quando permitem a ele mesmo pensar-se como único, absoluto, soberano de si mesmo? Como superar essa cultura quando sua premissa está exatamente na defesa do direito individual?

Como pensar, pois, uma relação educativa entre homens, ou para homens, desprovidos do sentimento de polis, de comunidade? Como pensar o respeito por quem ensina quando já houve uma renúncia do reconhecimento, do valor do outro? Como pensar o ato de ensinar quando o de aprender com o outro não faz sentido para aquele que se orienta apenas por sua própria interioridade? Como repassar saberes próprios de cada profissão, saberes objetivos, quando as demandas discentes são para a satisfação imediata de suas exigências subjetivas? Como sensibilizar filhos e/ou alunos para construir uma existência fora dele mesmo, comum, pelo trabalho?

Trecho do artigo A EDUCAÇÃO DOS ALUNOS (OU FILHOS) DA PÓS-MODERNIDADE escrito por Lizia Helena Nagel e que deveria ser lido (na minha opinião) pelos pais e educadores em geral.