sábado, 30 de abril de 2011

SONDAGEM

IMPORTANTE: Esta postagem é realmente muito apropriada para o professor alfabetizador, assim, não resisti à tentação de copiá-la integralmente.  O texto  é de autoria de REGINA PIRONATTO.

Considerações sobre uma Sondagem da Escrita nas séries iniciais do Ensino Fundamental
( mando o mapa por email é só pedir: pironatto@ig.com.br )

Elaborado por Regina Célia Pironatto Camargo

Todos que estamos na área da educação nas séries iniciais do Ensino Fundamental, reconhecemos que uma mudança significativa nas concepções de aprendizagem e ensino da língua escrita vem ocorrendo desde os anos 80. Essa mudança decorre principalmente da Psicologia Genética piagetiana que na década de 80 traz uma nova compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita, através das pesquisas e publicações de Emília Ferreiro. Tal fato obrigou a uma revisão radical das concepções do sujeito aprendiz da escrita e de suas relações com esse objeto de aprendizagem, a língua escrita.
Se por um lado essa mudança ocorreu e é realmente significativa, por outro percebemos que ela não atingiu a totalidade dos professores que atuam com classes de alfabetização no Ensino Fundamental, do Pré III até 2ª série,ensino de 9 anos.
Atualmente, nos defrontamos com basicamente dois tipos de professores alfabetizadores: o professor que valoriza o produto- final ( ler e escrever ) e o  entende como aquisição de habilidades ( coordenação- motora, discriminação visual, auditiva, etc) e uma segunda corrente, que entende a alfabetização como a compreensão do modo de construção do conhecimento, daí a valorização das hipóteses que a criança desenvolve sobre a escrita.
Essas duas concepções determinam as diferenças na prática pedagógica e nos resultados que as crianças alcançam.

Como professora alfabetizadora dediquei muitos anos à primeira vertente acima apresentada ( o professor que valoriza o produto- final) até que comecei a questionar a eficácia do método utilizado e iniciei um ciclo de mudanças: esta ou aquela cartilha, este ou aquele material ou até a mistura deles.

É claro que essa situação de indecisão refletia também um sistema educacional que é falho no capacitar seus professores, mas não é esse aspecto que pretendo focalizar no momento.
A verdade é que em dado momento da minha profissão optei pela segunda vertente: “entender a alfabetização como compreensão dos meios que a criança utiliza para representar a construção do seu conhecimento sobre a língua escrita” (Kramer,1986).
Isso significou entender o processo evolutivo dos meus alunos, tornando-se assim, imprescindível conhecer determinados aspectos desta evolução, essenciais para uma prática pedagógica consciente.
Eis porque escolhi relatar neste texto uma das possibilidades de ação docente na orientação do processo de aquisição da base alfabética do sistema de escrita, dentro dos pressupostos construtivistas: a Sondagem da Escrita.
A Sondagem da Escrita é um recurso essencial para o professor alfabetizador, pois permite identificar quais hipóteses as crianças têm acerca do funcionamento da língua. Só assim o professor estará apto a realizar mediações que permitam efetivamente a construção da base alfabética da escrita.
Faz-se, portanto, necessário apresentar uma breve análise dos níveis conceptuais lingüísticos, os quais apresento com a nomenclatura mais conhecida entre os professores:

1-Nível Pré - silábico

a) Fase Pictórica: a criança registra garatujas e desenhos.

Exemplo: > # ¨ {(FLOR) __))00 (MESA)

b) Fase Gráfica Primitiva: a criança registra símbolos ou letras misturadas com números.

Exemplo: NO21 (CARRO) WRV6N (ÁRVORE)

c) Fase Pré-Silábica: a criança começa a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos. Exemplo: TRAQ (CASA) AIVNOAXE (ABACAXI)

2. Nível 2: Silábico: a criança conta os “pedaços sonoros”, isto é, as sílabas, e coloca um símbolo (letra) para cada pedaço. Essa noção de cada sílaba corresponde a uma letra e  pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional.

Por exemplo: AO ( GATO ) ou GT ( GATO ) c/valor sonoro
LI (GATO) ou EI (GATO) s/ valor sonoro

3. Nível 3: Silábico- Alfabético: é um momento conflitante, pois a criança precisa negar a lógica do nível silábico. É quando o valor sonoro torna-se imperioso e a criança começa a acrescentar letras, principalmente na primeira sílaba.

Por exemplo: TOAT (TOMATE)

4. Nível 4: Alfabético: a criança reconstrói o sistema lingüístico e compreende a sua organização.

Exemplo: ela sabe que os sons L e A são grafados LA e que T e A são grafados TA e que, juntos, significam LATA.

5. Ortográfico : a criança apresenta-se na fase alfabética e necessita de intervenção do professor na ortografia.

Exemplo : conheceno; convesa;lipesa; vamus; pasarino; aí ele passo lá; aí ele foi juto
o pedlero é ipotate pala noise.
meupaiconeçel um muler oteme. (hipersegmentação)
o pa as ri no fo avu andu no cel. (hiposegmentação)

REALIZANDO UMA SONDAGEM
AS INVESTIGAÇÕES SOBRE A PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA PERMITEM AO PROFESSOR ATUAR COMO MEDIADOR NO PROCESSOR ENSINO-APRENDIZAGEM E FORNECEM PISTAS PARA O APRENDIZ TORNAR-SE ALFABÉTICO. NESSE PROCESSO, A SONDAGEM DIAGNÓSTICA CAPACITA O EDUCADOR A CONHECER AS HIPÓTESES DAS CRIANÇAS ENVOLVIDAS.
PARA REALIZAR UMA SONDAGEM ESCOLHE-SE QUATRO PALAVRAS (UMA POLISSÍLABA,UMA TRISSÍLABA,UMA DISSÍLABA E UMA MONOSSÍLABA(NESTA ORDEM) E UMA FRASE DE UM MESMO CAMPO SEMÂNTICO.UMA DAS PALAVRAS DITADAS  DEVE APARECER NESTA FRASE.


EXEMPLO": Lista de animais
DINOSSAURO
JACARÉ
GATO
CÃO
O GATO DORMIU NA SALA.
Evitar palavras com sílabas contíguas como urubu, salada.
PEDE-SE ENTÃO,PARA QUE A CRIANÇA(atividade individual) ESCREVA DO JEITO QUE SOUBER. É IMPORTANTE PEDIR PARA QUE ELA LEIA, APONTANDO AS LETRAS E OS SINAIS CORRESPONDENTES À FALA. A PARTIR DO MATERIAL INVESTIGADO EM UMA SONDAGEM,PODE-SE REFLETIR SOBRE O PENSAMENTO DA CRIANÇA E PERCEBER SUA HIPÓTESE LINGUÍSTICA.
Esta sondagem deve ser realizada individualmente, na primeira semana de aula e a cada 15 ou 30 dias de acordo com a evolução da classe. É recomendável formar na sala grupos de trabalhos com hipóteses próximas.Esse agrupamento tem por finalidade a desestruturação das hipóteses pré-silábica, silábica e silábica - alfabética e por meio de conflito, assimilação e acomodação, chegar à hipótese alfabética
COMO A SONDAGEM DEVE SER UTILIZADA
* INSTRUMENTO PARA ANALISAR AS HIPÓTESES DA CRIANÇA A PARTIR DE ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS,COLOCANDO A CRIANÇA DIRETAMENTE EM CONTATO COM O DESAFIO DE ESCREVER.
* SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR;
* INSTRUMENTALIZADOR DO PROCESSO;
* CONHECER O QUE A CRIANÇA PENSA DE FORMA GERAL SOBRE A ESCRITA,QUAL A LÓGICA QUE UTILIZA NO MOMENTO EM QUE ESCREVE;
* ANALISAR AS HIPÓTESES DAS CRIANÇAS A PARTIR DE UMA PROPOSTA SIGNIFICATIVA, QUE FAZ PARTE DE UMA SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES (ELA SABE PORQUE ESTÁ ESCREVENDO E PARA QUE ESTÁ ESCREVENDO, ESTABELECENDO A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCRITA;
* COLECIONAR PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS: COM ESSE MATERIAL É POSSÍVEL FAZER UM ACOMPANHAMENTO PERIÓDICO DA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA E FORMULAR INDICADORES QUE PERMITAM TER UMA VISÃO DA EVOLUÇÃO DA HIPÓTESE DE ESCRITA DA CRIANÇA AO LONGO DO PROCESSO.
OBJETIVOS DA SONDAGEM
*INSTRUMENTO PARA MAPEAR O CONHECIMENTO DAS CRIANÇAS SOBRE A ESCRITA;
* REORIENTAR SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA;
*MATERIAL DE PESQUISA PARA DEFINIR AS POSSÍVEIS INTERVENÇÕES;
* ELABORAR SEU PLANEJAMENTO, PROPONDO SITUAÇÕES CAPAZES DE GERAR NOVOS AVANÇOS NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS;
*OBTER DADOS SOBRE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CADA CRIANÇA.
PALAVRAS do mesmo  Campo semântico para diagnóstico. Não esqueça a frase.
Partes do corpo
sobrancelha
cabeça ou barriga;orelha
perna ou braço;dedo;unha
pé ou mão
O menino machucou _ _ _ _

Material escolar
lapiseira;apontador
caderno ou caneta;massinha;mochila
livro ou lápis; papel; cola
giz

Animais
mariposa ou dinossauro;rinoceronte
formiga ou,esquilo, coelho
tigre ou onça;urso
cão ou rã
O tigre está na floresta

Flores
·crisântemo
· begônia
· rosa
· lis

Alimentos
espaguete
açúcar
leite
sal

Festa Junina
· bandeirinha
· pipoca
· bingo
· som

cômodo da casa
computador
estante
sofá
som

Doce
· gelatina;brigadeiro;pirulito
· paçoca;geléia
· pudim;torta
· mel; bis

Higiene
sabonete
escova
talco
gel

Temperos
· cebolinha
· pimenta
· alho
· sal

Ferramentas
· furadeira
· martelo
· chave
· pá

Brinquedos
· escorregador
· boneca
· bola
· pá

Sentimentos
· felicidade
· carinho
· amor
· paz

Bebidas
· vitamina
· refresco
· café
· chá

Escritório
· grampeador;computador
· caneta
· mesa;papel
· giz

Família
afilhado
madrinha
sogra
mãe

Utensílios de limpeza
aspirador
vassoura
balde

Algumas conclusões
Neste contexto é preciso que o professor possua conhecimentos e habilidades específicos, os quais lhe permitirão  dirigir e orientar com segurança as tentativas de escrita da criança,  identificar em que estágio do processo de apropriação do sistema a criança se encontra,  interpretar as hipóteses, selecionar e organizar dados, decidindo que aspectos devem ser priorizados e , acima de tudo, levar a criança a confrontar as suas hipóteses com as convenções e regras do sistema e a partir de tudo isso conduzi-la à escrita ortográfica.

Essa nova concepção exige um professor:
· Que aceite o pressuposto básico de que o aluno é sujeito do seu próprio conhecimento, ou seja, constrói seu conhecimento.
· Que esteja disposto a compartilhar e pedir ajuda a outros parceiros e professores.
· Que não esconda suas frustrações e progressos.
· Que seja investigativo e tenha a coragem de mudar
· Que aposte em sua própria capacitação, individual ou coletiva.
· Que se dê uma oportunidade, que faça a diferença

MAIS ALGUMAS LISTAS DE PALAVRAS:
1. VENTILADOR
2. CORTINA
3. MESA
4. GIZ
5. MINHA PROFESSORA USA GIZ NA LOUSA.

1. APONTADOR
2. CANETA (CADERNO)
3. LÁPIS
4. GIZ
  QUEBROU A PONTA DO MEU LÁPIS.
1. SUBMARINO
2. CAMINHÃO
3. CARRO
4. TREM
5. O ÔNIBUS LEVA MUITA GENTE.
1. RINOCERONTE
2. CAMELO
3. PERU
4. RÃ
  O CAMELO VIVE NO DESERTO.
1. JOANINHA
2. OVELHA
3. LEÃO
4. BOI
  O LEÃO É O REI DAS SELVAS.
1. BRINCADEIRA
2. ALEGRIA
3. SAÚDE
4. PAZ

 A MELHOR COISA NA VIDA É TER SAÚDE.
1. TORRADINHA
2. MANTEIGA
3. CAFÉ (LEITE)
4. PÃO (MEL)
5. AQUELA MENINA GOSTA DE PÃO COM MANTEIGA.
1. ESTÔMAGO
2. CABEÇA
3. PERNA
4. PÉ
  EM CABEÇA LIMPA NÃO TEM PIOLHO.

1. COMPUTADOR
2. REVISTA
3. RÁDIO
4. FAX
  NO RÁDIO TOCA MÚSICAS BONITAS.
1. NATUREZA
2. PLANETA
3. TERRA
4. FLOR
  O NOSSO PLANETA É MUITO BONITO.
1. PRIMAVERA
2. ANIMAIS
3. JARDIM
4. AR

 OS ANIMAIS PRECISAM DE CARINHO.
1. ESCOLINHA
2. BOLICHE
3. CORDA
4. PÁ
  EU GOSTO DE PULAR CORDA.
1. BRINCADEIRAS
2. DESCANSO
3. LIÇÃO
4. SOL
  O DESCANSO DAS FÉRIAS É MUITO BOM.
1. PIPOQUEIRO
2. QUADRILHA
3. BALÃO
4. SOM
  O PIPOQUEIRO VENDE MUITA PIPOCA.
1. REFEITÓRIO
2. ESCOLA
3. PÁTIO
4. CHÃO
  A ESCOLA É UM LUGAR BEM LEGAL

1. PANETONE
2. PRESENTE
3. SINO
4. LUZ
  NO NATAL TEM PRESENTE E PANETONE


quinta-feira, 28 de abril de 2011

SITES EDUCATIVOS MUITO BONS

    http://www.kidleitura.com
Historinhas para treinar leitura, alfabeto para recortar, material para imprimir, pintar e recortar, traçado da letra cursiva, maiúscula e minúscula...
     
http://www.bebele.com.br/index.php     Site com atividades de sistematização da alfabetização. Excelente!                                                      

JULGAMENTO DO STF GARANTE HORA - ATIVIDADE DO PROFESSOR

Mariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo
Estados e municípios sofreram nesta quarta-feira uma nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte manteve uma regra que garante aos professores da educação básica o direito de ficar fora de sala de aula durante um terço da jornada de trabalho. Os educadores devem usar esse período para desenvolver atividades de planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional.
Conforme estimativas recentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com a confirmação do direito dos professores de gastarem parte da carga horária com atividades externas, as prefeituras terão de contratar mais 180 mil professores para assegurar aos alunos quatro horas diárias em sala de aula. Isso representará um impacto de R$ 3,1 bilhões nas contas dos municípios.
Só em São Paulo, a rede estadual, que já tem 243 mil docentes, terá de contratar outros 80 mil.
No início do mês, o STF já havia imposto uma derrota às administrações estaduais e municipais ao julgar a ação movida pelos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará. Na ocasião, os ministros tinham confirmado a validade da lei que fixou um piso salarial nacional para os professores. O piso atual é de R$ 1.187,97, valor que pode ser elevado com o pagamento de acréscimos e benefícios.
De acordo com estimativas da CNM, será de R$ 5,4 bilhões o impacto do piso nacional acrescido da necessidade de contratar mais 180 mil professores por causa da redução do período em sala de aula. No início do mês, na sessão em que validou o piso nacional, o STF não tinha chegado a uma conclusão sobre a divisão da carga horária dos professores porque o presidente da Corte estava na Itália, participando de compromissos oficiais.
O julgamento foi concluído hoje, quando a votação terminou empatada em 5 a 5. Nesses casos de empate, há um entendimento do STF segundo o qual a ação deve ser julgada improcedente. O ministro José Antonio Dias Toffoli, que poderia desempatar o julgamento, não pode votar porque no passado atuou no processo como advogado-geral da União. Toffoli foi advogado-geral no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar da decisão de hoje, o Judiciário poderá analisar novamente as regras que fixaram a divisão da jornada de trabalho dos professores. Isso porque não foi formada uma maioria na votação. Dessa forma, o resultado do julgamento não teve um efeito vinculante e o assunto poderá ser debatido de novo no futuro durante o julgamento de ações movidas por outros Estados ou municípios.
Fonte: Estadão.com.br/educação

sexta-feira, 22 de abril de 2011

COMO ESCOLHER UMA PROFISSÃO?



Para nada nessa vida há uma receita pronta, um conselho infalível, uma resposta definitiva. O que há são pistas, indícios, que podem nos auxiliar na busca de um caminho. É o que acontece na escolha de uma profissão. Precismos refletir sobre as nossas motivações, sondar o nosso ânimo (animus), o nosso espírito, estabelecer metas, seguir em frente e torcer para que tudo dê certo.
Um dos indícios importantes nessa busca é descobrir nossa área de interesse.
O site Educar e Crescer publicou um teste elaborado com a consultoria do psicólogo Paulo Camargo, especializado em orientação vocacional. Clique aqui para realizá-lo.

PROVINHA BRASIL DE MATEMÁTICA

A Provinha Brasil é uma avaliação que identifica possíveis problemas no processo de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano do Ensino Fundamental das escolas públicas brasileiras. Até 2011, na avaliação, apenas a Provinha de Leitura era aplicada. Este ano, a novidade é a criação de uma prova específica para o conteúdo de matemática. Em sua estreia, a Provinha Brasil de Matemática será aplicada apenas uma vez, no segundo semestre. Nos anos seguintes, a nova prova segue a mesma lógica de aplicação da Provinha de Leitura: duas vezes, uma no início e outra no fim do ano letivo. A intenção é avaliar conteúdos aritméticos básicos que os pequenos devem dominar no segundo ano do Ensino Fundamental.

Matriz de Referência para Avaliação da Alfabetização Matemática Inicial
1º EIXO Números e Operações Competências Descritores/Habilidades Operacionalização (descrição de algumas formas de avaliar as habilidades)
COMPETÊNCIA1 - Mobilizar idéias, conceitos e estruturas relacionadas à construção do significado dos números e suas representações.
D1.1 – Associar a contagem de coleções de objetos à representação numérica das suas respectivas quantidades.
Ø Contar agrupamentos de até 9 objetos dispostos:
§ de forma organizada;
§ de forma desorganizada;
§ agrupados de 2 em 2, de 3 em 3 e de 4 em 4.
Ø Contar agrupamentos de até 20 objetos dispostos:
§ de forma organizada;
§ de forma desorganizada;
§ agrupados de 2 em 2, de 3 em 3 e de 4 em 4.
Observação:
- representação da quantidade (número) pode estar no enunciado ou nas alternativas.
D1.2 – Associar a denominação do número a sua respectiva representação simbólica
Ø Escolher entre as alternativas aquela que possui a representação do número lido pelo aplicador.
Observação:
- apenas números de 10 a 99 em algarismos indo-arábicos.
- o aplicador não deve ler as alternativas, só o comando.
D1.3 – Comparar ou ordenar quantidades pela contagem para identificar igualdade ou desigualdade numérica.
Ø Comparar quantidades de:
§ objetos organizados;
§ objetos apresentados desordenadamente.
D1.4 – Comparar ou ordenar números naturais.
Ø Escolher entre alternativas apresentadas aquela que:
§ completa uma sequência de quantidades crescentes.
§ completa uma sequência de quantidades decrescentes.
§ corresponde a uma ordenação crescente de quantidades.
Ø Resolver problemas simples de comparação numérica.
Observação:
- números até 20 ou dezenas até 90.
2º EIXO Geometria Competências Descritores/Habilidades Operacionalização (descrição de algumas formas de avaliar as habilidades)
COMPETÊNCIA 4– Reconhecer as representações de figuras geométricas.
D4.1 – Identificar figuras geométricas planas.
Ø Associar as seguintes figuras planas com seus respectivos nomes: triângulos, quadrados, retângulos e círculos em um conjunto de figuras planas.
Ø Relacionar representações planas de objetos tridimensionais a figuras geométricas planas.
Observação:
- no suporte pode ser utilizada qualquer figura plana (ex. trapézio, pentágono, etc).
- evitar usar quadrados , retângulos e losangos num mesmo item.
D4.2 – Reconhecer as representações de figuras geométricas espaciais.
Ø Associar objetos do mundo físico a representações de alguns sólidos geométricos simples: cubo, paralelepípedo, esfera, cilindro, cone, pirâmide. (exemplo: caixa com paralelepípedo, casquinha de sorvete com cone)
Observação:
- evitar usar cubos e paralelepípedos num mesmo item.
3º EIXO Grandezas e Medidas Competências Descritores/Habilidades Operacionalização
(descrição de algumas formas de avaliar as habilidades)
COMPETÊNCIA 5 – Identificar, comparar, relacionar e ordenar grandezas.
D5.1 – Comparar e ordenar comprimentos.
Ø Situações envolvendo desenhos de objetos ou personagens para estabelecer comparativamente: o maior, o menor, igual, o mais alto, o mais baixo, o mais comprido o mais curto, o mais grosso, o mais fino, o mais estreito, o mais largo.
D5.2 – Identificar e relacionar cédulas e moedas.
Ø Identificar cédulas e moeda do sistema monetário brasileiro.
Ø Identificar trocas e diferentes formas para representar um mesmo valor.
§ Dada uma cédula ou moeda, reconhecer agrupamentos de outras cédulas ou moedas, de valores iguais, correspondentes ao mesmo valor.
§ Dado um valor qualquer representado por cédulas e ou moedas, identificar outra forma de obter o mesmo valor.
D5.3 - Identificar, comparar, relacionar e ordenar tempo em diferentes sistemas de medida.
Ø Situações envolvendo sequências de eventos; intervalos de tempo, diferentes medidas de tempo (hora, dia, semana, mês, ano); diferentes instrumentos de medida de tempo (relógios analógicos e digitais, calendário).
§ apresentar situações de rotina escolar e de vida comparando com os períodos do dia, do mês e do ano;
§ ordenar sequência de eventos cotidianos apresentados por meio de ilustração;
§ reconhecer horas cheias ou com fração de 30 minutos em relógio digital e em relógio analógico;
§ relacionar horários apresentados em relógios digital e analógico;
§ identificar instrumentos de medida de tempo;
4º EIXO Tratamento da Informação Competências Descritores/Habilidades Operacionalização (descrição de algumas formas de avaliar as habilidades)
COMPETÊNCIA 6 – Ler e interpretar dados em gráficos, tabelas e textos.
D6.1 – Identificar informações apresentadas em tabelas.
Ø Identificar informação em listas ou tabelas de uma entrada, com mais do que duas categorias.
Ø Identificar informação que exijam dois níveis de localização, como tabelas de dupla entrada.
Observação
- Dar preferência a tabelas que tenham com o suporte figuras evitando a leitura da tabela pelo aplicador
D6.2 – Identificar informações apresentadas em gráficos de colunas.
Ø Reconhecer no gráfico qual a maior/menor frequência.
Ø Dada uma frequência, localizar a informação correspondente no gráfico e vice-versa.
D6.3 – Identificar informações relacionadas a Matemática apresentadas em diferentes portadores textuais.
Ø Localizar informações em listas, convites, cartazes, receitas, etc.
§ Situações envolvendo consulta simples a informações tais como: preço de objetos; horário e data de algum evento, endereço.
Observação
- Utilizar textos curtos com poucos dados do tipo solicitado. 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

BORDAS PEDAGÓGICAS.













Criamos e mantemos em nossa sala de aula uma caixinha de correspondência na qual os alunos depositam os seus bilhetinhos para os colegas e para outros membros da comunidade escolar. No dia combinado, abrimos a caixa, entregamos os bilhetes e cada um lê o seu. Quando o remetente e o destinatário concordam, lemos o bilhete para a sala. Dias atrás precisei de bordinhas para enfeitar os papéis utilizados para esse fim. Surpreendi-me com a dificuldade em encontrar as tais bordas, mas quando isso aconteceu não desprezei a oportunidade e tratei de reuní-las num álbum na minha galeria no picasa. Algumas sugestões seguem adiante. Para ver as demais, acesse o álbum BORDAS PEDAGÓGICAS. Como complemento da atividade, ensinei meus alunos a fazerem um envelope de origami. Também reestruturamos o bilhete maluco abaixo, que encontramos na internet.

JOGOS PEDAGÓGICOS ON LINE

Hoje conheci o ESCOLA GAMES, um site muito bom de jogos pedagógicos. Quem me apresentou?  Foi a Susana, professora de informática do período da manhã lá da minha escola. A Susaninha está nos surpreendendo com os seus achados, com as suas aulas, com a sua dedicação, enfim, com o seu profissionalismo!
Não deixe de dar uma espiadinha no site.

terça-feira, 12 de abril de 2011

CARTÃO DE PÁSCOA

Cartão de páscoa lindo, econômico e fácil de fazer. Encontrei primeiramente em Só o que eu gosto . Foi postado originalmente em She's {kinda}Crafty.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

É PRECISO CRER


Rubem Alves
Os olhos são órgãos marotos. Mesmo perfeitos, não são dignos de confiança. “Não vemos o que vemos; vemos o que somos”, escreveu Bernardo Soares. A gente pensa que os olhos põem dentro o que está longe, lá fora, quando o que os olhos fazem é por lá longe o que está dentro.
É o caso dos olhos do pai e os olhos do apaixonado por sua filha… Olho de pai é olho que se educou com a vida. Conhece a menina, viu-a nascer, crescer, voar, cair… Alegrou-se nos dias de sol, entristeceu-se nos dias de sombras e escuridão.
Os olhos do apaixonado são diferentes. Neles mora uma pitada da loucura que se chama fantasia. O apaixonado vê como realidade aquilo que existe dentro dele como sonho. Versinho enorme de Fernando Pessoa: “Quando te vi, amei-te já muito antes”. Traduzindo: vejo no seu rosto o rosto que já morava dentro de mim, adormecido… O apaixonado é um porta-sonhos.
Vocês, meu leitores, não devem estar percebendo a propósito de que é essa meditação sobre os olhares. É que eu escrevo por meio de parábolas, e o que está em jogo é um pai de olhar claro, uma donzela linda, sua filha, e um apaixonado que vê com olhos de poeta. Respectivamente, o professor José Pacheco, a Escola da Ponte e eu, Rubem Alves.
Visitei Portugal, acho que no ano 2000, e lá conheci uma escola diferente: a Escola da Ponte. Para mim, foi um espanto. Fiquei apaixonado e escrevi um livrinho sobre ela: “A Escola com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir”. Amei a Escola da Ponte, amor à primeira vista.
Sou um educador. Escrevi muitas coisas sobre a educação no transcorrer da minha vida. Mas, de tudo o que escrevi, acho que minha contribuição mais significativa para a educação foi esse relato espantado e apaixonado.
A Folha publicou uma entrevista com o título “O lado escuro da Escola da Ponte” (7 de março de 2011). Nessa entrevista, o professor José Pacheco manifestou a sua preocupação com esse livro, exatamente por ele ter saído de um olhar apaixonado. A paixão obscurece os olhos que se põem então a construir mitos. E os mitos podem ser enganadores. O meu livrinho poderia levar os leitores a fantasiar coisas maravilhosas sobre a escola que não correspondem à realidade.
O que são mitos? Mitos são sonhos transformados em poesia. E a poesia tem poderes mágicos de transformar e dar vida. Quem explica o mito é Fernando Pessoa:
“O mytho é o nada que é tudo;/ Sem existir, bastou./ Por não ter vindo foi vindo e nos creou./ Assim a lenda se escorre a entrar na realidade/ E a fecundá-la decorre”.
A visão mítica, que não é intencional, acendeu sonhos que dormiam em mim. Aí me vieram ao pensamento estes três textos que dizem o que penso.
Primeiro, Miguel de Unamuno: “Recuerda, pues, o sueña tú, alma mia -la fantasia es tu sustancia eterna lo que no fué; com tus figuraciones hazte fuerte, que eso es vivir, y lo demás es muerte”.
Depois, as palavras de Tolstói, que Guimarães Rosa cita com aprovação: “Se descreves o mundo tal como é, não haverá em tuas palavras senão muitas mentiras e nenhuma verdade”.
Finalmente, esse delicioso poeminha de Mário Quintana sobre as utopias: “Se as coisas são inatingíveis, ora… não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fora a presença distantes das estrelas”.
Continuarei a apontar para as estrelas…

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CARTÃO DE PÁSCOA

Olha só o efeito de uma simples digital! Garimpei no FAMILY FUN

terça-feira, 5 de abril de 2011

A PÁSCOA VEM AÍ









Todas as imagens foram copiadas de LISA FREUNDESKREIS

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FAZENDO ARTE

                                           Foto cortesia: Long Reach gizmo



sábado, 2 de abril de 2011

ADIÇÃO

FORMA-PALAVRAS

JOGO LARANJA CALCULADORA

O JOGO É FÁCIL E DIVERTIDO. CLIQUE AQUI PARA JOGAR E AQUI, NO AJUDA ALUNOS, PARA TER ACESSO A OUTROS JOGOS.

NÍVEIS CONCEITUAIS DA ESCRITA

PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA


NÍVEL PRÉ-SILÁBICO

Fonte: Revista Nova Escola

ESCRITA PRÉ-SILÁBICA, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O educando diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.

   
Fonte: Revista Nova Escola


Fonte: Revista Nova Escola
 
ESCRITA PRÉ-SILÁBICA com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.


ESCRITA PRÉ-SILÁBICA com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação qualitativa intrafigural e interfigural). Neste nível, o educando considera que coisas diferentes devem ser escritas de forma diferente. A leitura do escrito continua global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.

CARACTERÍSTICAS DO NÍVEL PRÉ-SILÁBICO:
• Não estabelece vínculo entre a fala e a escrita.
• Representa coisas e usa desenhos, garatujas para escrever; 
• Supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos; coisas grandes (nomes grandes), coisa pequenas (nomes pequenos);
• Demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes.
• Usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
• Não aceita que seja possível escrever e ler com menos de 3 (três) letras (eixo quantitativo) e uma variedade de caracteres dentro da palavra (variação qualitativa intrafigural) e entre as palavras (variação qualitativa interfigural), eixo qualitativo.
• Tem leitura global, individual e instável do que escreve: só o educando sabe o que quis escrever

DESAFIO:
· Qual é o significado dos sinais escritos?
 
ATIVIDADES:
• Criação de um ambiente rico de materiais e de atos de leitura e escrita. 
Revistas, jornais, cartazes, livros, jogos, rótulos, embalagens, textos do professor, dos educandos, músicas, parlendas, poesias. Por meio destes gêneros textuais, o educando entra em contato com as letras, as silabas, as palavras e o texto.
• Iniciar o trabalho com o nome da criança. 
Jogos: bingo de letras/memória de letras/dominó/baralho de nomes/ pescaria de nomes ou letras/formar nomes ou a letra inicial  do nome com o alfabeto móvel.
• Trabalhar a memorização global de algumas palavras, incluindo os nomes dos educandos, através de crachás, fichas, alfabeto móvel, caixa com palavras e nomes.
• Promover atividades que visem a vinculação do objeto/ figura com a palavra escrita. 
Fichas com os desenhos e fichas com os nomes das figuras.
• Propor aos educandos análises não silábicas de palavras: letras iniciais e finais, número de letras, ordem das letras na palavra. 
Classificação de palavras/nomes que se parecem, as que começam com a mesma letra, as que possuem o mesmo número de letras, letra final, palavras grandes e pequenas.
• Introduzir aspectos sonoros das iniciais das palavras significativas.
   Leitura de poesias, quadrinhas, parlendas, músicas.  
• Propiciar aos educandos vivenciar situações que os levem a compreensão das diversas funções da escrita. 
O sentido dos gêneros discursivos...
• Propor atividades que possibilitem aos educandos fazer a distinção entre letras e números, texto e desenho.
• Promover vinculação do discurso oral com o texto escrito. 
Notícias, propagandas, cartas, histórias e bilhetes.
• Fazer distinção entre imagem e texto. 
Placas de sinalização, histórias, cartazes.
• Atividades de manifestação oral e escrita. 
Brincadeiras de rimas, adivinhações, telefone sem fio, jornal falado.
• Estimular a escrita espontânea segundo as suas hipóteses da escrita. 
Autoditado...
 
NÍVEL SILÁBICO

    
Fonte: Revista Nova Escola

ESCRITA SILÁBICA sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é silabada.

Fonte: Revista Nova Escola

ESCRITA SILÁBICA com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não exclusivamente. A leitura é silabada.

CARACTERÍSTICAS DO SILÁBICO SEM VALOR SONORO (EIXO QUANTITATIVO):
• Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a fala e a escrita.
• Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de memorizar.
• Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres. 
• O educando tenta corresponder um fonema para cada grafema (o som da fala a cada letra escrita), mas a utilização dos símbolos gráficos é aleatória e nem sempre a representação dos fonemas corresponde à escrita convencional. 

DESAFIO:
Como resolver a hipótese de que a escrita se vincula com a pronúncia das partes da palavra?

IMPORTANTE... 
• Quando os educandos se tornam silábicos, eles colocam por terra algumas memorizações globais e passam a associar uma letra para cada sílaba, negando seu prévio conhecimento global da palavra: começam a vincular a escrita com a fala.
• Percebem que não é possível ler as palavras que escreveu e que também não é possível ler as escritas convencionais porque possuem excesso de letras.
• É a impossibilidade de ler o que está escrito que força o educando a entrar no nível posterior.

CARACTERÍSTICAS DO SILÁBICO COM VALOR SONORO:
• Já supõe que a escrita representa a fala;
• Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
• Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras;
• Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;
• Supõe que para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;
• Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra;
• Compreende que a escrita representa o som da fala;
• Combina só vogais ou só consoantes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula;
• Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global). 

DESAFIO:
• Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras podem ser escritas com uma ou com duas letras? 
• Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras ou no final? 
• Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra? 

ATIVIDADES:
• Ao identificar os educandos silábicos sem e com valor sonoro, agrupe-os em dupla;
• Realize análise sonora sobre as iniciais dos nomes próprios e palavras significativas;
• Faça o Desmembramento oral dos nomes e das palavras em sílabas;
• Pronuncie pausadamente as palavras para que os educandos identifiquem a quantidade de sílabas e a analise a questão sonora;
• Faça a classificação das palavras com o mesmo número de sílabas e que iniciam com a mesma letra;
• Trabalhe completando as palavras com alfabeto móvel ou com a escrita das letras;
• Trabalhe com gravuras e letras iniciais, gravuras e palavras;
• Trabalhe com dicionário ilustrado;
• Trabalhe com rimas, sons iniciais e sons finais das palavras nas parlendas, trava-língua, trova, quadrinha, adivinhas, cantiga de roda, poemas;
• Trabalhe com ditados;
• Trabalhe com letras – Ordenação do alfabeto \ Jogo de esconder as letras e montar os grupos para descobrir. 
• Trabalhe com o alfabeto móvel todos os dias;
• Trabalhe com lista de palavras significativas;
• Proponha análise das frases: conte o número de palavras na frase e dos espaços entre as palavras, o número de letras nas palavras; numero de silabas nas palavras, sílabas inicial e final.

NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
Fonte: Revista Nova Escola

ESCRITA SILÁBICO-ALFABÉTICA. Este nível marca a transição do educando da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Ora ele escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas.

CARACTERÍSTICAS DO NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO:
• Inicia a superação da hipótese silábica;
• Reconhece o som das letras;
• Estabelece uma vinculação mais coerente entre leitura e escrita;
• O educando se concentra na sílaba para escrever;
• Surge a adequação do escrito ao sonoro;
• As unidades linguísticas (palavras, letras, sílabas) são tratadas como categorias estáveis (antes não tinham nenhuma relação entre si) 
• Presença da oralidade (escreve do jeito que fala, com isso surgem os problemas relativos à ortografia);
• Leitura sem imagem e com imagem;
• Compreende que cada um dos caracteres da escrita (letras) corresponde a valores sonoros menores que a sílaba. 
• Consegue combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável;
Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global).

DESAFIO:
• Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala? 
• Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por outras pessoas? 

ATIVIDADES:
• É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras, sílabas, palavras e textos;
• Constituição de palavras com sílabas e alfabeto móvel;
• Adivinhações de palavras por meio de pistas dadas pelo professor;
• Carta enigma;
• Distinção de uma só sílaba na palavra;
• Produção de textos por intermédio de situações promovidas no cotidiano escolar;
• Reescrita dos textos;
• Leituras globais e parciais de palavras e textos;
• Reconhecimento de sílabas, palavras e frases nos textos;
• Separar frases em palavras;
• Montar frases com fichas de palavras;
• Produzir histórias em quadrinhos.

NÍVEL ALFABÉTICO
Fonte: Revista Nova Escola
ESCRITA ALFABÉTICA. Neste estágio, o educando já compreendeu o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas.

CARACTERÍSTICAS DO NÍVEL ALFABÉTICO:
• Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
• Compreende o modo de construção do código da escrita.
• Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;
• Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;
• Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
• Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
• Não é ortográfica nem léxica.

  DESAFIO:
• Como aprender as convenções da língua? 

ATIVIDADES:
• Produção de textos coletivos e individuais;
• Reescrita de contos, histórias e situações vivenciadas;
• Registro diário dos acontecimentos, seja num diário ou num caderno de bordo (estimular ao máximo o educando a escrever todos os dias, mas com motivos para isso); 
• Caderno de produções de textos ou montar um livro, propiciar dia de autógrafos, capa, ilustração etc.
• Leitura e narração de histórias pelo professor e registro por parte do educando do momento mais significativo;
• Ler diferentes tipos de textos e propiciar aos educandos momentos de produzir diferentes tipos de textos com funcionalidade;
• Instigar a autoria dos educandos e sua autonomia na leitura e na escrita.

IMPORTANTE...
• Dificilmente todos os educandos de uma classe estarão num mesmo nível conceitual, portanto é de extrema importância que o professor de posse do diagnóstico dos níveis de escrita dos educandos, possa planejar as atividades sempre de acordo com sua capacidade e com o propósito de desafiá-los. 
• Uma mesma atividade pode ser trabalhada oferecendo diferentes níveis de dificuldade, atendendo as necessidades especificas de cada educando para avançar no conhecimento.

SITUAÇÕES DIDÁTICAS ENVOLVENDO OS
NÍVEIS DE ESCRITA
 TRABALHO COM LETRAS
·      Letras do alfabeto: Jogos de alfabeto de materiais e tamanhos diferentes. Letras móveis para o educando montar espontaneamente palavras. Bingo e memória de letras. Atividades de escrita com letras. 
·      Nomeação e identificação: Criar tiras com o alfabeto e figuras para serem materiais de consulta. 
·      Analise das formas posições das letras: Atividades de escrita para o educando analisar, por exemplo, quantas pontas têm o H, quantas retas e utiliza no traçado do A, M, E,  quantas curvas temas letras C, P, etc.
·      Valor sonoro – relação letra/som: jogos de memória com figura e letra inicial. Bingo de figuras. Alfabeto vivo. 

TRABALHO COM PALAVRAS
·      Nome próprio: Crachá com nome e foto ou desenho (autorretrato feito pelo educando.
·      Montar o nome com letras móveis. Bingo de nomes, de fotos e/ou autorretrato. Dominó de nomes (letra inicial / nome). Painel de chamada com cartões de nomes.
·      Análise da linguística da palavra: Letra inicial e final, número de letras, letras repetidas, vogal, consoante. Atividades de escrita com palavras.
·      Memorização de palavras significativas: Atividades de escrita. Listas de palavras.
·      Conservação da escrita de palavras: Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha. Listas de palavras. 

 TRABALHO COM FRASES E TEXTOS
·      Sentido e direção da escrita: Produção coletiva de listas, receitas, bilhetes, recados, etc. (sendo o professor o escriba). Ler para o educando (apontando sempre onde está lendo).
·      Vinculação do discurso oral com texto escrito: Leitura de história e reescrita espontânea individual ou produção coletiva. Escrita de história vivida pelos educandos. 
·      Junção de letras na formação das silabas: Listas de palavras. Atividades de escrita: complete, forca, enigma, “stop”, cruzadinha.

NÍVEIS DE ESCRITA - AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS
 APRENDER JUNTOS: AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS
• Pré-silábico COM Silábico sem valor sonoro.
• Silábico sem valor sonoro COM Silábico com valor sonoro.
• Silábico com valor sonoro COM Silábico-Alfabético.
• Silábico-Alfabético COM alfabético.

ALGUMAS DIFICULDADES QUE O EDUCANDO ENCONTRA QUANDO CHEGA NO NÍVEL ALFABÉTICO
• Transcrição fonética: tumati – kavalu = tomate – cavalo
• Segmentação indevida: utumati = o tomate, com seguiu = conseguiu.
• Juntura vocabular – uka valu = o cavalo, agente = a gente.
• Troca do ao pelo am, i por u (e vice versa): paum = pão.
• Ausência de nasalização: troca de m por n ou til (vice e versa): comseguiu – cõsegiu.  
• Supressão ou acréscimo de letras.
• Troca de letras / origem das palavras (etimologia): zino = sino, geito = jeito. 
• Escrita não segmentada: UKAVALUPIZO"UTUMATI = o cavalo pisou no tomate. 
• Não registra silabas de estruturas complexas: os dígrafos, o padrão CCV. 
• Frases descontextualizadas e textos sem seqüência lógica.
• Escrita espelhada: d por b, p por q.
• Hipercorreção: coloo – colou, medeco – médico.